É muito comum, em situação económica difícil ou pré-insolvência, ver os empresários adotarem uma postura de “tudo ou nada”.
Os cortes de crédito, o não saber que dizer aos fornecedores, a desmotivação da equipa, enfim, o medo do futuro, leva pessoas outrora sensatas a adotarem posturas radicais e a procurar soluções rápidas sem pensar nas consequências.
Perder cem é dez vezes menos do que perder mil e as consequências jurídicas e materiais da perda também são significativamente menores. Para quem tem a cabeça serena isto é óbvio, mas para quem está desesperado, não o é de todo.
É muito importante que os técnicos, sejam advogados ou consultores de gestão, consigam refrear esta espécie de galvanização maligna dos seus clientes. Para tal, é fundamental que se distanciem do problema, o olhem nas diferentes perspetivas que tem e por fim aconselhem num quadro de menor perda possível.
Num contexto em que o sucesso é medido pelo menor grau de arrependimento futuro, este pode muito bem ser o melhor serviço que podemos prestar.